AUMENTO DE 3% DOS RESÍDUOS DE EMBALAGENS COLOCADOS NOS ECOPONTOS EM PORTUGAL

O plástico foi líder na recolha seletiva e na preparação para reutilização e reciclagem, em 2023, e o papel seguiu-o de perto. Relativamente ao ano anterior, houve pouca diferença na colocação de embalagens no “Vidrão”.

Plástico e metal lideram a deposição nos ecopontos dos materiais que os Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU) recolhem e preparam para reutilização e reciclagem. Em 2023, foram recolhidos mais 5% destes materiais relativamente ao ano anterior.

Do ecoponto azul (embalagens de papel / cartão), foram recolhidos mais cerca de 4% de recursos, em operações de recolha porta a porta e de proximidade.

A sofrer de uma quase estagnação, a recolha seletiva de embalagens de vidro aumentou apenas 0,3% em 2023.

Verificando-se, estatisticamente, o aumento da recolha seletiva de resíduos urbanos, novamente, em 2023, no universo dos SGRU associados da ESGRA, constata-se também que não é suficiente, nomeadamente no caminho para o cumprimento das metas ambientais impostas ao País, a atingir até 2030.

A ESGRA tem reiteradamente alertado junto dos vários Governos, com contributos para programas eleitorais e para programas estratégicos pós-eleições, que este é um setor com problemas específicos que carecem de mudanças estruturais e de capacidade de concretização e governação para enfrentar os enormes desafios dos próximos anos em termos de desenvolvimento e sustentabilidade económica, socioambiental e de saúde pública, em Portugal.

Tratando-se de um setor fortemente condicionado pela definição estratégica de políticas públicas a nível nacional, a ESGRA considera que até agora estas não têm sido particularmente bem-sucedidas, na medida em que se mantêm e em certos aspetos se avolumam os problemas e os desafios que o setor tem de continuar a enfrentar, não fosse este um serviço público de interesse geral, a bem de toda a população residente e produtora de resíduos urbanos em Portugal.